quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Revolução Industrial - Eric J Robsbawm


REVOLUÇÃO INDUSTRIAL

Charles  Chaplin em cena
do filme Tempos Modernos
Eric J. Hobsbawm, 1998, in: A Era das Revoluções – 1789-1848, 11a edição, Paz e Terra.

Introdução: O capítulo tem como objetivo abordar o desenvolvimento da Revolução Industrial, tomando como enfoque histórico o período compreendido entre 1780 a 1840.

É importante ressaltar, como o faz Hobsbawm, que essa periodização representa uma questão analítica, por dua razões:
a) porque alguns processos que levaram à Revolução Industrial se desenrolaram antes mesmo de 1780. Há controvérsias, inclusive, em apontar um momento inicial;
b) o termo Revolução Industrial só faz sentido se permeado pela idéia de que a mudança tecnológica assumiu como norma a constante transformação.

Neste sentido, “... a revolução industrial não foi um episódio com um princípio e um fim...” (Hobsbawm, 1998, pag. 45)

Foi, durante 1780-1840 que a Inglaterra conheceu o desenvolvimento da industrialização, no sentido da ascensão da sociedade capitalista, onde apenas os laços entre o ouro e o papel-moeda se mantinham.



1a afirmação importante: o desenvolvimento industrial da Grã-Bretanha não foi decorrente de uma superioridade tecnológica e científica.

A França, por exemplo, estava à frente dos ingleses no desenvolvimento das ciências naturais. Após a Rev. Francesa se acentuaram, ainda, os desenvolvimentos na matemática e na física.
-----> franceses melhores navios; tear de Jacquard (1804), École Polytechnique;
----> alemães, Bergakademie de treinamento técnico;
----> Grã-Bretanha: escolas públicas sonolentas; faculdades sem expressão, exceções feitas à educação primária dos quacres (início do século XIX) e das universidades democráticas e austeras da Escócia que revelaram nomes como James Watt, Thomas Telford, Loudon MacAdam, James Mill.

As dificuldades tecnológicas não implicam que “... os primeiros industriais não estivessem constantemente interessados na ciência e em busca de seus benefícios práticos”. (op.cit., p.47)



2a afirmação importante: A Grã-Bretanha reunia todas as condições fundamentais para o arranque industrial:

1 – politicamente – as condições para a limitação do poder real estavam dadas e o “dinheiro não só falava como governava. Tudo que os industriais precisavam para serem aceitos entre os governantes da sociedade era bastante dinheiro” (pags. 47 e 48);

2- Os “Decretos das Cercas (Enclosures Acts)” estabeleceram o monopólio da propriedade de terra e romperam com as terras comunitárias. Não se podia falar de um campesinato inglês no mesmo molde que se falava de um campesinato francês, alemão ou russo;



3 – A agricultura estava preparada para garantir:
3.1– aumentar a produção e a produtividade;
3.2 - fornecer um grande contingente de recrutas para as cidades e fábricas;
3.3 - fornecer mecanismos para o acúmulo de capital a ser usado nos setores mais modernos da economia

Basta lembrar o texto de Leo Huberman que aponta que algumas mudanças na utilização do solo (maior rotatividade e retirada do pousio) aliada à técnica de se cultivar produtos para a alimentação do gado (nabos e trevo) não só desgastaram menos o solo, como aumentaram a sua produtividade.

4 – indústria que “...já oferecesse recompensas excepcionais para o fabricante ... (expandindo) sua produção rapidamente, se necessário através de inovações simples e razoavelmente baratas, e, segundo, um mercado mundial amplamente monopolizado por uma única nação produtora” (Hobsbawm, pags. 48,49)

A indústria têxtil algodoeira representou esse modelo industrial.

A industria algodoeira tinha como base o desenvolvimento na Índia. Os ingleses tentaram copiar os produtos de algodão, bem mais baratos que os de lã. Porém não tiveram grande êxito no que diz respeito aos produtos mais finos.
A proteção à lã, na Inglaterra, deu chance ao desenvolvimento de uma indústria de substituição do algodão.

No século XVIII, a industria de algodão se desenvolveu perto dos maiores portos coloniais: Bristol, Glasgow e Liverpool.

“ algodão e a escravidão marcharam juntos”. Os produtos resultantes da indústria algodoeira financiavam, em boa parte, a compra de escravos.
Destaca-se a região de Lancashire (grande compradora de matéria-prima)

Dados da indústria algodoeira: entre 1750 e 1769, a exportação britânica de tecido de algodão aumentou mais de dez vezes ---> fato potencializava o lucro e os investimentos. Assim, com investimentos razoavelmente simples e baratos (a máquina de fiar, o tear movido a água, a fiadeira automática e, depois, o tear a motor) houve um aumeno crescente da produção.



Outro fato importante: os ingleses conseguiram – a partir de uma política governamental comercial agressiva – monopolizar por anos o mercado têxtil:

Dados: Grã-Bretanha - 1814: exportava 4 jardas de tecido de algodão para cada 3 jardas internas;

1820 – Europa adquire 128 milhões de jardas de tecido britânico; áreas subdesenvolvidas; 80 milhões
1840 – Europa, 200 milhões de jardas; áreas subdesenvolvidas 529 milhões;

A expansão contava ainda com a inflação dos preços, o que produzia lucros fantásticos.
Em 1800 menos de 15% das famílias britânicas tinham uma renda superior a 50 libras por ano. (a população em geral estava pauperizada) Esse fato era fundamental, pois representava a desagregação da indústria doméstica e a mecanização da produção.

Em 1833, por exemplo, Hobsbawm aponta que pelo menos 1 milhão e meio de pessoas estavam empregadas diretamente ou indiretamente na indústria algodoeira.
Em 1833, estima-se que dos 12 mil trabalhadores das indústrias algodoeiras de Glasgow, somente 12 mil ganhavam uma média de 11 shilings por semana.





A crise do sistema britânico:

Entre 1830 e 1840: acentuada desaceleração do crescimento --> queda da renda britânica

Conseqüências mais sérias: a miséria e o descontentamento

- Descontentamento dos mais pobres;
–Descontentamento dos pequenos comerciantes;

Alguns momentos de crise do boom econômico: 1825-6, 1839-42 e 1846-48.

No entanto, os homens ricos não viam os momentos de crise como um problema do sistema. Acreditavam que poderia haver a influência de interferência externa à economia ou enganos particulares;

A partir de 1815 passa a haver uma redução da margem de lucros:

- competição gerava queda nos preços, mas não nos custos;
–situação de deflação dos preços;



Os salários foram reduzidos ao limite. Estima-se que 500 mil tecelões manuais morreram de fome;

Empresários se colocam contra as Leis que consideram manter alto o custo de vida.

Exemplo: em 1846 são abolidas as Leis do Trigo (protecionistas)

Era preciso uma maior mecanização para fazer frente à crise


5 – desenvolvimento de uma indústria de bens de capital

Primeira dificuldade: encontrar mercado para produtos como o ferro e aço.
Segunda dificuldade: se havia dificuldade para desenvolver o mercado consumidor, logo, poucos queriam empregar capitais no setor;
Hobsbawm aponta que a podução de ferro britânico tendeu a afundar após 1790.

O mesmo não pode ser dito em relação ao carvão --> Vantagens: além de fonte de energia industrial, combustível doméstico.

A produção de carvão, desde o final do século XVI, sofreu uma rápida expansão e utilizava técnicas mais aperfeiçoadas (máquinas a vapor);
Em 1800, a Grã-Bretanha produziu 10 milhões de toneladas de carvão: 90% do carvão mundial;



O desenvolvimento da indústria de carvão levou ao desenvolvimento da ferrovia.

1- A ferrovia representava o meio necessário para a retirada e escoamento do carvão.
2 - Uma forma de baratear o transporte

Em 1825 – primeira ferrovia moderna – ligava o campo de carvão de Durham ao Litoral (Stockton-Darlington)

Velocidades de até 90 km-hora eram praticáveis;

3 – A ferrovia absorvia ferro, aço e carvão:
Entre 1830 e 1850 – a produção de ferro na Grã-Bretanha saltou de 680 mil para 2 milhões e 250 mil toneladas. Entre 1830 e 1850, a produção de carvão triplicou de 15 milhões de toneladas para 49 milhões.

Mas as ferrovias não eram tão lucrativas, pelo menos para o homem comum: taxa de lucro estava em torno de 3,7%.

O investimento se deve – além de uma “explosão de loucura” - a existência de muitos capitais e necessidade de sua aplicação.

Ao invés de emprestá-lo sem a certeza de recebimento (como foi feito) aplicou-se nas ferrovias.

terça-feira, 5 de outubro de 2010

A revolução francesa

Saudações pra quem já viu e pra quem ainda vai ver.
Estou postando algumas informações sobre a REVOLUÇÃO FRANCESA pra quem for fazer alguma prova ou só curiosidade pela história, são fatos e grupos citados como principais nesta revolução que particularmente eu gosto muito.


A Bastilha I


          Quem lançou o primeiro apelo para que se marchasse sobre a Bastilha?
Os historiadores costumam atribuir essa atitude do jovem Camilo Desmoulins, então um obscuro jornalista. Mas nem Desmoulins um dos oradores que exortava ardentemente o povo a lutar pela liberdade, nem qualquer outro homem político burguês dirigiu, nem poderia dirigir, a ação do povo. Nessa insurreição popular, o instinto revolucionário das massas revelou-se mais justo do que todas as tentativas de direção da parte dos burgueses.

Constitucionais, Girondinos, Jacobinos, Enraivecidos e Iguais


Os Constitucionais:


           Traduzindo os interesses da grande burguesia, os liberais modernos ou constitucionais romperam com a burguesia democrática em 1790, quando de uma cisão no Clube dos Jacobinos. Datam do período de liderança dos constitucionais a ¨Declaração dos Direitos do Homem e do Cidadão¨ e a ¨Constituição de 1791¨. Enquanto na primeira a propriedade é consagrada e a igualdade é apenas formal, porque ¨perante a lei¨, a Constituição estabelece uma monarquia constitucional, tendo o Rei veto suspensivo. Aprova, também, a famosa ¨Lei Le Chapelier¨ que proibia os operários de fazerem greve ou ingressarem em associações de classe.

Os Girondinos:


          Os girondinos, originalmente, integraram o Clube dos jacobinos e tornaram dissidentes ao acompanharem Jacques-Pierre Brissot na divergência deste com o radical Robespierre. Este grupo, por contar com um elenco de representantes do Departamento de Gironda, passou para a história da revolução como girondinos.
          Revelaram-se impotentes para combater a contra-revolução e, de outra parte, passaram a utilizar a guerra contra o inimigo externo para destruir as massa revolucionárias, sob a liderança dos jacobinos o que fica perfeitamente claro num depoimento de Roland: ¨Temos que enviar milhares de homens de Paris para as fronteiras; dar-lhes-emos armas e os mandaremos tão longe que quanto seus pés os os puderem levar. Do contrário, retornariam e nos degolariam¨.
          O que pretendiam os girondinos, com tais medidas, era livrar-se da permanente ameaça dos elementos mais revolucionários, ou seja, os chamados ¨sancullotes¨.
          Após violenta luta politica com os jacobinos na Convenção, foram os girondinos derrotados pelos acontecimentos de 31 de maio a 2 de Junho de 1793, quando o poder da França passou para as mãos dos liderados de Robespierre. 


continua...

Fonte: A Revolução Francesa
            Da queda da Bastilha ao 9 de Thermidor
            Autor: Joaquim Felizardo
            Editora: LPM


Lembrando que são apenas informações básicas, nomes datas e fontes são confiáveis, serve para início de pesquisa. Valeu

segunda-feira, 4 de outubro de 2010

Revolução Russa de 1917

A Revolução Russa de 1617
A Revolução Russa de 1917 foi uma série de eventos políticos na Rússia, que, após a eliminação da autocracia russa, e depois do Governo Provisório (Duma), resultou no estabelecimento do poder soviético sob o controle do partido bolchevique. O resultado desse processo foi a criação da União Soviética, que durou até 1991.
No começo do século XX, a Rússia era um país de economia atrasada e dependente da agricultura, pois 80% de sua economia estava concentrada no campo (produção de gêneros agrícolas).

Rússia Czarista
Os trabalhadores rurais viviam em extrema miséria e pobreza, pagando altos impostos para manter a base do sistema czarista de Nicolau II. O czar governava a Rússia de forma absolutista, ou seja, concentrava poderes em suas mãos não abrindo espaço para a democracia. Mesmo os trabalhadores urbanos, que desfrutavam os poucos empregos da fraca indústria russa, viviam descontentes com o governo do czar.
No ano de 1905, Nicolau II mostra a cara violenta e repressiva de seu governo. No conhecido Domingo Sangrento, manda seu exército fuzilar milhares de manifestantes. Marinheiros do encouraçado Potenkim também foram reprimidos pelo czar.
Começava então a formação dos sovietes (organização de trabalhadores russos) sob a liderança de Lênin. Os bolcheviques começavam a preparar a revolução socialista na Rússia e a queda da monarquia.

A Revolução compreendeu duas fases distintas:
  • A Revolução de Fevereiro de 1917(março de 1917, pelo calendário ocidental), que derrubou a autocracia do Czar Nicolau II da Rússia, o último Czar a governar, e procurou estabelecer em seu lugar uma república de cunho liberal.

Czar da Rússia Nicolau II
  • A Revolução de Outubro (novembro de 1917, pelo calendário ocidental), na qual o Partido Bolchevique, liderado por Vladimir Lênin, derrubou o governo provisório e impôs o governo socialista soviético.

1º presidente do Partido Bolchevique e líder da União Soviética
 Vladmir Ilitch Ulianov
Lênin

O Governo Provisório e o Soviete de Petrogrado

O Governo Provisório iniciou de imediato diversas reformas liberalizantes, inclusive a abolição da corporação policial e sua substituição por uma milícia popular. Mas os líderes bolcheviques, entre os quais estava Lenin, formaram os Sovietes (Conselhos) em Petrogrado e outras cidades, estabelecendo o que a historiografia, posteriormente, registraria como ‘duplo poder’: o Governo Provisório e os Sovietes.
Lenin foi o primeiro dirigente da URRS. Liderou os bolcheviques quando estes tomaram o poder do governo provisório russo, após a Revolução de Outubro de 1917 (esta sublevação ocorreu em 6 e 7 de novembro, segundo o calendário adotado em 1918; em conformidade com o calendário juliano, adotado na Rússia naquela época, a revolução eclodiu em outubro). Lenin acreditava que a revolução provocaria rebeliões socialistas em outros países do Ocidente.
Ao expor as chamadas Teses de abril, Lenin declarou que os bolcheviques não apoiariam o Governo Provisório, e pediu a união dos soldados numa frente que viesse pôr fim à guerra imperialista (I Guerra Mundial) e iniciasse a revolução proletária, em escala internacional, idéia que seria fortalecida com a propaganda de Leon Trotski. Enquanto isso, Alexandr Kerenski buscava fortalecer a moral das tropas.
No Congresso de Sovietes de toda a Rússia, realizado em 16 de junho, foi criado um órgão central para a organização dos Sovietes: o Comitê Executivo Central dos Sovietes que organizou, em Petrogrado, uma enorme manifestação, como demonstração de força.

O aumento do poder dos Bolcheviques

Avisado que seria acusado pelo Governo de ser um agente a serviço da Alemanha, Lenin fugiu para a Finlândia. Em Petrogrado, os bolcheviques enfrentavam uma imprensa hostil e a opinião pública, que os acusava de traição ao exército e de organização de um golpe de Estado. A 20 de julho, o general Lavr Kornilov tentou implantar uma ditadura militar, através de um fracassado golpe de Estado.
Da Finlândia, Lenin começou a preparar uma rebelião armada. Havia chegado o momento em que o Soviete enfrentaria o poder. Foi Trotski, então presidente do Soviete de Petrogrado, quem encontrou a solução: depois de formar um Comitê Militar Revolucionário, convenceu Lenin de que a rebelião deveria coincidir com o II Congresso dos Sovietes, convocado para 7 de novembro, ocasião em que seria declarado que o poder estava sob o domínio dos Sovietes.
Na noite de 6 de novembro a Guarda Vermelha ocupou as principais praças da capital, invadiu o Palácio de Inverno, prendendo os ministros do Governo Provisório, mas Kerenski conseguiu escapar. No dia seguinte, Teotski anunciou, conforme o previsto, a transferência do poder aos Sovietes.

O novo governo

O poder supremo, na nova estrutura governamental, ficou reservado ao Congresso dos Sovietes de toda a Rússia. O cumprimento das decisões aprovadas no Congresso ficou a cargo do Soviete dos Comissários do Povo, primeiro Governo Operário e Camponês, que teria caráter temporário, até a convocação de uma Assembléia Constituinte. Lênin foi eleito presidente do Soviete, onde Trotski era comissário do povo e ministro das Relações Exteriores e, Stalin, das Nacionalidades.


Líder da União Soviética Josef Stalin


Josef Stalin foi o dirigente máximo da União das Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS) de 1929 a 1953. Governou por meio do terror, embora também tenha convertido a URSS em uma das principais potências mundiais.
A 15 de novembro, o Soviete ou Conselho dos Comissários do Povo estabeleceu o direito de autodeterminação dos povos da Rússia. Os bancos foram nacionalizados e o controle da produção entregue aos trabalhadores. A Assembléia Constituinte foi dissolvida pelo novo governo por representar a fase burguesa da revolução, já que fora convocada pelo Governo Provisório. Em seu lugar foi reunido o III Congresso de Sovietes de toda a Rússia. O Congresso aprovou a Declaração dos Direitos do Povo Trabalhador e Explorado como introdução à Constituição, pela qual era criada a República Soviética Federativa Socialista da Rússia (RSFSR).

A guerra civil

O novo governo pôs fim à participação da Rússia na I Guerra Mundial, através do acordo de Paz de Brest-Litovsk assinado em 3 de março de 1918. O acordo provocou novas rebeliões internas que terminariam em 1920, quando o Exército Vermelho derrotou o desorganizado e impopular Exército Branco antibolchevique.
Lenin e o Partido Comunista Russo (nome dado, em 1918, à formação política integrada pelos bolcheviques do antigo POSDR) assumiram o controle do país. A 30 de dezembro de 1922, foi oficialmente constituída a União de Repúblicas Socialistas Soviéticas (URSS). A ela se uniriam os territórios étnicos do antigo Império russo.

Significado da palavra czar

A palavra czar, que se pronuncia-se “tzar”, tem suas origens no título de césar  que era concedido aos imperadores romanos, na Idade Antiga.
Na Idade Média, o título de czar era ostentado também por soberanos búlgaros e sérvios.